AVALIAÇÃO: VECTRA - SEGUNDA GERAÇÃO

O Vectra B foi sem dúvida um dos maiores ícones de sua época. Veio para substituir o modelo anterior produzido de 1993 a 1996, teve sua produção iniciada no fim de 1996, já como modelo 1997 sendo substituído por um modelo com facelift em 2000 e posteriormente pelo Astra europeu em 2006 se não me falha a memória. No Brasil foi vendido somente na carroceria sedan de 4 portas, tendo nesta primeira fase as versões GL GLS e CD. Na Europa ele fez muito sucesso também nas versões Hatch e Caravan (wagon). 

Esta é a primeira avaliação de usados que estamos fazendo de um carro não popular(Avaliados: Corsa / Celta / Ka /Fiesta ), porém seus preços estão hoje em dia muito acessívesis, sendo encontrados com facilidade em classificados online, e feirões de usados a partir de 14mil reais, até 20, 22 mil. Mas ai vai a primeira dica, um carro deste porte tem que ser muito bem avaliado ao ser comprado, para que um sonho não se torne pesadelo. O carro tem uma variação muito grande de preços, portanto eu sugeriria, na hora da compra que não se desse muita prioridade ao ano, e sim ao estado.

De um modo geral só tenho elogios ao Vectra, tivemos 3 na garagem, sendo que hoje avaliaremos os modelos CD 2.2 16v e GLS 2.2 8v. O Vectra ao contrário do que muitos pensam, não é um carro caro de se manter, se ele tiver em bom estado. É um carro bem moderado no consumo, fácil de encontrar peças, muito confortável, seguro, estável, bom de revenda.

O Vectra desta versão B, teve algumas opções de motor: 2.0 8v, 2.0 16v, 2.2 8v, 2.2 16v. O motor dos dois carros carros aqui avaliados são 2.2 sendo um deles 8v e o outro 16v. O 8v tem 123cv o 16v 136cv, diferença de potência que não chega a ser brutal, mas se faz notar em giros mais altos na versão 16v devido à ser esta já uma característica de motores multiválvulas. O consumo por sua vez não difere muito entre as versões, ficando na média de 10 km/l na cidade e 14,5 km/l na estrada. Obviamente o consumo é algo muito difícil de fazer um comparativo, pois depende de muitas variáveis, estado do carro, local onde vc roda, e principalmente o modo de conduzir. As médias que citei procuro fazer uma média geral disso tudo, pois, vc consegue fazer o carro economizar mais, no entanto se pisar, ele bebe mesmo, e bebe pra valer...   mas anda e anda legal!

As diferenças do GLS para o CD ficam por conta principalmente do motor, aros, freios abs,computador de bordo, acabamento interno diferenciado, maçanetas e moldura da placa pintados na cor do carro e faróis escurecidos, farois de neblina e algumas coisinha mais no CD. O CD teve também a opção de teto-solar e câmbio automático, sendo que este também possuía opção de controle de tração. Resumindo, o CD é um pouco mais completo que o GLS e tem alguns ítens de série que no GLS são opcionais como freios a disco nas 4, cinto 3 pontos central atrás, e mais algumas coisinhas que não me vem em mente agora.

Na hora da compra observe também que há a opção do ar digital inteligente, se ele tiver funcionando é uma alternativa interessante. Esta opção está disponível tanto para o GLS quanto para o CD.

No que diz respeito à manutenção que creio ser uma das grandes dúvidas do comprador, o Vectra nunca nos deu dores de cabeça, muito pelo contrário. A manutenção de rotina dele é bem barata, não se diferenciando muito de um popular. As diferenças são em peças mais específicas como um silencioso de escapamento, que encarece um pouco em relação à um popular, mas não chega a ser o dobro do preço. Como o carro é um pouco mais pesado as trocas de pneus ocorrem mais cedo do que em um popular, por volta de 45 a 50mil km no máximo. Os defeitos apresentados em ambos foi uma bucha da suspensão traseira que desgastou e começou a fazer um ruido sobretudo nas curvas em calçamento, mas não se preocupe com 100 reais na mão vc resolve o problema com facilidade. O GLS era praticamente zero e foi vendido com pouco mais de 50 mil km e não nos apresentou mais defeitos. O CD já pegamos com 50mil Km e vedemos com quase 90mil Km, este além das manutenções, e a bucha, tivemos que trocar uma junta da tampa de válvulas que com o tempo ressecou e começou um pequeno vazamento (isto parece ser crônico em todos os 16v). As pastilhas de freio do modelo com CD são um pouquinho mais caras que as do outro pois tem uma espécie de sensor que indica quando estão gastas no computador de bordo, mas também não chegam a pesar no bolso. No CD a bomba de gasolina aprEsentou um mal funcionamento, e o carro engasgava, tivemos que substituí-la, mas tambpem não chegou a pesar no bolso. Outra coisa que parece ser padrão nos GM da época e não sei se até hoje, é o acabamento e imitação de couro na manopla do cambio e do freio de mão, que é de muito má qualidade, e logo desgasta, mas há a opção de substituir por couro legítimo em 

Contando que ficamos em torno de 4 anos com cada um deles, pode-se dizer que os gastos com manutenção foram ínfimos. Mais uma vez eu quero deixar claro que o estado de conservação dos carros é o que nos fez gastar pouco, pois tenho relatos de conhecidos que pegaram carros semelhantes mas em péssimo estado e tiveram muitas dores de cabeça. 

De uma maneira geral ele é um ótimo carro para a família, conseguiu substituir com louvor o seu antepassado Monza, muito confortável, espaçoso, bom porta-malas, consumo adeuqado ao seu padrão. E para quem gosta de pisar mais um pouco, ele anda muito, é fácil encontrar na internet relatos e vídeos de pessoas que com ambas as versões passaram facilmente dos 200Km/h, no entanto o blog condena esta prática e adverte: rodovia não é pista de corrida! E mais, Vectra é o tipo do carro que é econômico com o pé bem de leve, se vc pisar o tanque seca rapidamente!Se vc optar pela versão CD poderá acompanhar o consumo médio ou ainda instantâneo no computador de bordo e verá claramente o que eu falo.

Se vc pensa em colocar GNV opte pelo 8 válvulas, é só olhar por ai e ver a quantidade de motores GM 2.0/2.2 8v rodando no gás e do 16v, é bastate obvio que se a maioria usa no 8v é pq ele vai melhor no gás do que o 16v. E de fato deve ir bem mesmo, pois pelo menos em Joinville, onde o alcool é caríssimo, praticamente todos taxistas com Vectra/Astra e congêneres usam o GNV, e taxista não ta afim de perder dinheiro com sua ferramenta de trabalho.

A princípio a avaliação fica por aqui, se tiverem maiores dúvidas, sugestões eu posso auxiliar no que for possível, faremos ainda, mais para frente, uma avaliação do Vectra GSi 2.0 16v 1995.

Quaisquer dúvidas, sugestões, colocações, concordâncias ou discordâncias sobre o Vectra B, sinta-se à vontade para escrever, seja via comentário ou através de nosso Facebook , sua opinião será muito bem vinda e ajudará a enriquecer a avaliação! Vamos ajudar quem tem dúvida, sua experiência é sem dúvida de extrema importância!

Curta: facebook.com/experienciasautomotivas